Por Railídia Carvalho
O coordenador nacional do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirmou
que a reforma dos meios de comunicação e a reforma política são temas
estratégicos para a conquista da democracia brasileira.
Em entrevista concedida no início
de fevereiro em São Paulo, ele declarou também que “milhões (de pessoas) nas
ruas arrancam das mãos da burguesia” as duas reformas. “E esperamos que toda a
família Marinho vá morar em Miami, que é um belo lugar para traidores da
pátria”.
E afirmou o dirigente. Em setembro de 2015, Stédile foi agredido por
gritos, xingamentos e empurrões quando chegava ao aeroporto de Fortaleza para
participar de uma atividade sindical. Esse episódio se soma aos ministros agredidos em hospitais e restaurantes, ao do compositor Chico Buarque cobrado pela ligação com o Partido dos Trabalhadores.
Ao linchamento midático que vem sofrendo o ex-presidente Lula, que foi retratado como presidiário na revista Veja e tem sua vida, de amigos, parentes e assessores, diariamente devassada pelos principais meios de comunicação do país. “O verdadeiro objetivo da burguesia brasileira midiática é tentar desmoralizar o Lula diante da massa desinformada para impedir sua candidatura em 2018”, concluiu Stédile.
Nesta quarta-feira (17), a Frente Brasil Popular realizará ato em solidariedade ao ao ex-presidente que virá a São Paulo fazer um depoimento acerca de uma denúncia feita pela revista Veja. Movimento de massas:“Se não houver a reforma política e a reforma dos meios de comunicação nós não teremos uma sociedade democrática”, ressaltou Stédile.
E, ainda segundo ele, essas reformas não virão do Congresso “que está aí” mas de uma nova fase do movimento social chamada por ele de “reascenso das massas”. “Movimentos de massa como foi na década de 60 e como foi de 78 a 89.Todo o nosso esforço com o movimento popular, Frente Brasil Popular, partidos de esquerda.
O objetivo é de ir
animando a nossa base pra fazer a luta social, pra defender seus direitos e
debater esse novo projeto de país”, explicou Stédile. O militante demonstrou extrema convicção de que nos próximos anos o Brasil caminha para esse movimento de massas que realize as duas reformas necessárias ao Brasil.
“Por tudo que
eu vivi na minha militância agora eu estou esperançoso de que nos próximos anos
vamos entrar em um novo período do reascenso do movimento de massas. Escrevam e
deixem na gaveta que vocês me darão razão”, desafiou.
Fonte: Portal Vermelho
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