A deputada Luiza Erundina,
que quer fundar um novo partido
Coordenadora-geral da
campanha de Marina Silva à Presidência em 2014, quando a ex-ministra, hoje na
Rede Sustentabilidade concorreu pelo PSB após a morte de Eduardo Campos.
A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSB-SP) vai
comandar no dia 22 de janeiro a plenária de fundação do seu próprio partido, a
Raiz Movimento Cidadanista.
O evento ocorrerá durante
o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Inspirada no Podemos, da Espanha, e
Syriza, da Grécia, novos partidos de matriz socialista que despontaram na
Europa nos últimos dois anos.
O movimento liderado por
Erundina já organizou diretórios em 21 Estados e começará sua coleta de
assinaturas para conseguir o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) no encontro no Rio Grande do Sul.
Para conseguir o registro
e tornar-se a 36ª legenda em funcionamento no Brasil, a Raiz Cidadanista
precisa agora reunir 486 mil rubricas. Dois em um: Como não será viável atingir
essa meta em 2016 a tempo de disputar as eleições municipais.
A Raiz costura um
acordo de "filiação democrática" com o PSOL semelhante ao feito entre
a Rede Sustentabilidade e o PSB em 2014. Ou seja: a ideia é que o PSOL abra suas portas para que integrantes da Raiz concorram a prefeito e vereador. Quando o ritual de legalização junto ao TSE for finalizado, os eleitos poderão migrar para o novo partido.
"Não há como fazer
esse processo de filiação democrática com o PSB, pois ele está, hoje, mais
próximo do PSDB. Nas próximas eleições, eles devem estar juntos. Não queremos fazer
concessões", destaca Erundina.
A deputada diz que foi
isolada pelo PSB depois do primeiro turno das eleições presidenciais no ano
passado. No segundo, o partido apoiou a candidatura do senador Aécio Neves
(MG), do PSDB.
"Fui isolada na
bancada. Votaram contra meu nome na comissão que analisará o pedido de
impeachment. Não sou mais alinhada com o PSB. Isso me constrange, pois sou uma
pessoa de partido", afirma a deputada.
Durante a campanha
presidencial de 2014, Erundina tornou-se uma das principais operadoras
políticas de Marina Silva depois da morte de Eduardo Campos em um acidente
aéreo. Quando a ex-ministra liderava as pesquisas de opinião.
O nome da ex-prefeita era
apontado como uma das peças-chave de um eventual governo. A relação entre as
duas esfriou quando Marina apoiou o tucano no segundo turno. Esquerda:
O modelo de estrutura
adotado pela Raiz é o mesmo da Rede. "Teremos uma forma circular e
horizontal de funcionamento", detalha o historiador Célio Turino.
Ex-porta-voz da Rede, ele é um dos fundadores da Raiz. A principal diferença
entre os dois grupos é ideológica.
O novo partido, que já se
manifestou oficialmente contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff,
pretende ocupar um vácuo criado no eleitorado que tradicionalmente votava no
PT. "Somos contra o impeachment, mas temos críticas profundas ao governo Dilma",
diz Erundina. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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