A advogada Beatriz
Catta-Preta ao lado de seu então cliente Paulo Roberto Costa, ex-diretor de
abastecimento e refino da Petrobras, durante depoimento na CPMI da Petrobras.
A ex-advogada de nove
delatores da Operação Lava Jato, Beatriz Catta Preta, disse em entrevista
exibida nesta quinta-feira (30) ao "Jornal Nacional", da TV Globo,
que um de seus clientes, o empresário Júlio Camargo, tinha "medo de
chegar" ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em suas
delações.
Beatriz, que deixou os
casos envolvendo a Lava Jato no último dia 22 e foi convocada a depor na CPI da
Petrobras, também afirmou que está deixando a profissão após receber
"ameaças veladas" de integrantes da CPI. "Vamos dizer que
aumentou essa pressão, essa tentativa de intimidação a mim e à minha
família", disse.
Isso teria acontecido após
a mudança nas declarações de Júlio Camargo à Justiça em regime de delação
premiada. O lobista foi preso pela Polícia Federal no âmbito da Lava Jato.
Em o maio deu depoimento
dizendo que o intermediário das propinas pelo PMDB era Fernando Antonio Falcão
Soares, o Fernando Baiano. Em julho, mudo a versão e disse que Baiano estava
sendo pressionado por Cunha para pagamento de propina.
"O deputado Eduardo
Cunha é conhecido como uma pessoa agressiva, mas confesso que comigo foi
extremamente amistoso, dizendo que ele não tinha nada pessoal contra mim, mas
que havia um débito meu com o Fernando e que ele era merecedor de 5 milhões de
dólares", afirmou Camargo em seu segundo depoimento.
A advogada Beatriz Catta
Preta recentemente deixou o Brasil e passou alguns dias em MIami (EUA), mas
negou relação entre a viagem e as supostas ameaças. "Não estou morando em
Miami, saí de férias". Viajo “para lá sempre que meus filhos saem de
férias”, justificou.
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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