Principal aliado na
base do governo Dilma, o PMDB é disputado por PT e PSDB em três Estados que,
juntos, concentram 20% do eleitorado: Minas Gerais, Paraná e Ceará. Além disso,
o aliado no plano nacional já definiu que estará contra o PT na disputa local
em ao menos quatro Estados: Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Piauí. Secretário-geral
do PSDB, o deputado federal Mendes Thame não esconde a intenção de atrair o
aliado de Dilma. "Não temos uma campanha para presidente da República,
temos 27 campanhas e precisamos nos fortalecer em 27 Estados", disse o
tucano. Apesar de peemedebistas reconhecerem que são remotas as chances de
desembarque do governo, a preocupação no PT é que o aliado libere diretórios
estaduais para apoiar adversários de Dilma na disputa presidencial. "Nossa
prioridade é reeleger a Dilma. Evidente que precisamos de um PMDB unido em
todos os Estados no palanque dela", afirma o presidente do PT-RS, Ary
Vanazzi. Além do presidente nacional do PT, Rui Falcão, o ex-presidente Lula
também fará uma rodada de conversas nos Estados que mais preocupam como no
Ceará. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) tem repetido que não abre mão de
concorrer ao governo e que, se for dispensado pelo PT, estará aberto a uma
aliança com o PSDB. Líder nas pesquisas no Estado, Eunício já foi procurado
pelo senador e presidenciável tucano Aécio Neves para fechar uma chapa com o
ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), que disputaria uma na vaga ao Senado. No
Ceará, o PT tem compromisso de apoiar o nome indicado pelo governador Cid Gomes
(Pros), que, para apoiar Dilma, rompeu com o PSB, do pré-candidato ao Planalto
Eduardo Campos (PE). Em Minas, o PMDB se divide em três correntes. A maioria
defende a candidatura do senador Clésio Andrade. Parte quer indicar o ministro
Antônio Andrade (Agricultura) como vice de Fernando Pimentel (PT). Menos
provável, mas usado como carta para negociar espaço na Esplanada, é o apoio ao
PSDB, cujo candidato mais cotado hoje é o ex-ministro Pimenta da Veiga. O
presidente do PMDB mineiro, deputado Saraiva Felipe, aponta a falta de diálogo
da cúpula com os diretórios estaduais como causa das dissidências. "É a
primeira vez que não tem uma reunião para tentar adequar [as alianças]. É como
se tivesse um 'liberou geral'", disse. No Paraná, tucanos querem indicar o
deputado Osmar Serraglio (PMDB) para vice do governador Beto Richa (PSDB),
favorito nas pesquisas. Os dois são aliados, e Serraglio tem a seu favor o
comando do diretório estadual. Já as negociações do lado da candidata petista,
Gleisi Hoffmann, ocorrem no plano nacional. O vice-presidente Michel Temer
(PMDB) vê na candidatura do senador Roberto Requião (PMDB) a única chance de
levar a disputa ao segundo turno. Alguns casos já são considerados batalha
perdida, como Bahia e Rio Grande do Sul, onde historicamente o PMDB faz
oposição ao PT, e Pernambuco, onde o aliado apoiará o candidato do governador e
presidenciável Eduardo Campos (PSB). No Piauí, a avaliação de peemedebistas é
que a ruptura poderia ter sido evitada. Lá, foi o PT quem rompeu com PMDB, após
cobranças para apoiar o aliado. PT e PMDB têm ainda problemas para resolver em
Estados como Rio de Janeiro, Maranhão, Paraíba e Mato Grosso do Sul, apesar de
haver chances de aliança em caso de segundo turno. Folha.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
Jovens do Polo da Borborema na Paraíba discutem Fundo Rotativo Solidário em encontro
Cerca de 40 jovens
dos 14 municípios que integram o Polo da Borborema participaram nos dias 23e 24
de janeiro de um encontro sobre Fundos Rotativos Solidários (FRS’s) para a
juventude. O encontro foi organizado pela Comissão de Jovens do Polo em
parceria com o Núcleo de Infância e Juventude da AS-PTA Agricultura Familiar e
Agroecologia e teve como objetivos a formação de formadores sobre conceitos e
gestão dos FRS´s, além de promover uma troca de experiência com a Comissão de
Saúde e Alimentação do Polo, o fortalecimento dos Fundos existentes e a
formação de novos. O evento aconteceu no Hotel Fazenda Day Camp, no sítio
Lucas, em Campina Grande-PB. E Encontro abriu com uma mística centrada na
partilha de pão e mel entre os participantes, trouxe uma reflexão sobre o
conhecimento e as experiências compartilhadas por todos, encerrando com o poema
de Pablo Neruda “Ode ao Pão”. Gizelda Beserra, do Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Remígio e da coordenação do Polo da Borborema fez uma apresentação
dos objetivos do evento e falou sobre a importância desta iniciativa para o
Polo e para a juventude: “No nosso trabalho vimos colocando em prática várias
iniciativas que promovam a solidariedade e a partilha do conhecimento e dos
recursos. Um dos instrumentos para isso é o Fundo Rotativo Solidário. Sabemos
que a juventude é a responsável pelo futuro da agricultura familiar, por isso
esse é um tema muito importante para os jovens e queremos ajudar a fortalecer
esse trabalho”, disse. Depoimentos – Duas jovens
apresentaram as suas experiências com fundos rotativos solidários de animais e
avaliaram de que forma participar do fundo impactou a sua vida. Para Marília
Barbosa Franco Joel, de 26 anos, da comunidade de Goiana, município de Solânea,
o principal impacto foi a conquista da sua liberdade e autonomia: “Eu recebi
duas cabras, já multipliquei para sete e já comprei várias coisas pra mim com a
renda dos animais, sem precisar estar pedindo nada a ninguém. A partir do fundo
rotativo eu sinto que ganhei minha liberdade, pois eu passei a mandar nas
minhas coisas. Antes o pai dizia ‘toma pra você criar’, mas na hora de vender o
dinheiro era dele, agora é diferente”, conta a jovem. Adailma Ezequiel Pereira,
25 anos, do sítio Lutador, município de Queimadas, acredita que a experiência
com o FRS contribuiu para que ela se tornasse uma pessoa mais responsável: “não
que antes eu não tivesse responsabilidade, mas quando você sabe que aquele
benefício é seu, e fruto do seu esforço da sua força de vontade, você se
preocupa mais em cuidar, em zelar, visando o seu futuro”, conta. As duas jovens
distribuíram ainda os seus boletins informativos contando as suas experiências
para os outros jovens. Inspirados pelas experiências de Marília e Adailma, os
jovens presentes sentiram-se motivados em trazer depoimentos, muitas histórias
emocionantes de transformação. A história de Edilson Onofre de Souza, de 27
anos, do município de Arara, é uma delas. Edilson conta que quando era mais
jovem, sempre teve muita vontade de criar, mas não tinha condições de comprar
um animal, então cuidava dos animais de outras pessoas para, ao final de algum
tempo, ganhar o seu. Foi assim que depois de muito trabalho recebeu uma ovelha
cega, e foi através da venda desse animal que ele conseguiu realizar o sonho de
comprar uma bicicleta, assim como várias outras coisas que vieram depois. “Eu
acho que o Fundo Rotativo Solidário pode acabar com o êxodo rural, porque se o
jovem tem uma oportunidade de renda, ele não vai querer sair. Eu já fui pra São
Paulo e me desapontei. Hoje se me derem uma passagem de graça eu não quero,
porque eu acho muito triste você ter que abandonar sua família, sua vida por
falta de oportunidades, hoje eu também sei que posso ficar e tenho como viver
da agricultura”, afirmou o jovem. “É muito difícil pra gente jovem, começar do
nada, então esse auxílio do fundo rotativo é muito importante”, complementa
Isaías Marcelino da Silva, do município de Solânea. No período da tarde os
jovens fizeram uma discussão em grupo acerca da questão “o que é FRS e quais
são os princípios de funcionamento?”, após a chuva de ideias e a socialização
dos grupos em plenária, os jovens assistiram ao vídeo: “O que é Fundo Rotativo
Solidário?”, produzido pelo Centro Sabiá, de Pernambuco, e puderam aprender que
através do Fundo Rotativo Solidário, os jovens podem aprender outras coisas
importantes, como o manejo da caatinga para a produção de alimento para os
animais, por exemplo. Os participantes também debateram sobre a origem dos
FRS’s e como eles fazem parte do que se chama de Economia Solidária. Gestão – No
segundo e último dia de encontro a programação foi aberta com uma caminhada do
refeitório até o auditório do encontro. Durante o percurso, eles entoaram
cânticos e refletiram sobre o significado da terra e nossa responsabilidade em
cuidar e preservar o meio ambiente para ter vida plena. Maria Leônia Soares fez
uma apresentação da experiência dos Fundos Rotativos Solidários da Comissão de
Saúde e Alimentação do Polo da Borborema cujo trabalho ajudou a romper com o
isolamento social de muitas mulheres, a valorizar o seu saber e a articular o
seu conhecimento por meio da troca de experiências com outras mulheres,
visibilizando o seu trabalho e a sua contribuição para a agricultura familiar.
Ao final os jovens discutiram as semelhanças entre as dificuldades enfrentadas
pelas mulheres e as que os jovens também enfrentam: invisibilidade e desvalorização
do seu trabalho, falta de liberdade e de autonomia, o preconceito, entre
outras. Em seguida os participantes ouviram a experiência de Anilda Fernandes,
que é gestora do fundo rotativo solidário do assentamento Oziel Pereira, em
Remígio-PB onde vive. Para Anilda, a chave para o sucesso de um fundo como esse
é a transparência, o comprometimento da comunidade e a paciência: “Eu sei que
os jovens têm aquilo de querer tudo pra agora, mas é preciso ter paciência, pra
chegar onde chegamos, houve todo um processo até os primeiros resultados
chegarem”, disse a agricultora. O encontro foi encerrado com o levantamento dos
fundos rotativos solidários organizados por jovens existentes na região do Polo
da Borborema e o mapeamento de comunidades que tem interesse na criação de
novos fundos, estes terão o apoio inicial do projeto Sementes do Saber,
desenvolvido pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia em parceria com a
Comissão de Jovens do Polo da Borborema. O projeto visa apoiar ações que
favoreçam a inclusão produtiva de jovens rurais por meio do incentivo às
iniciativas que os jovens já desenvolvem em suas comunidades como Fundos
Rotativos Solidários de pequenos animais e sementes e a produção de mudas,
entre outras. O projeto Sementes do Saber conta com o cofinanciamento do Comitê
Católico contra a Fome e pelo Desenvolvimento (CCFD) e da União Europeia
Fonte: http://aspta.org.br
sábado, 25 de janeiro de 2014
Chico Menezes defende transformações estruturais para o fim da fome
O ex-presidente do
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e pesquisador
do Instituto Brasileiro de Análises Socioeconômicas (Ibase), Chico Menezes,
concedeu entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos e falou sobre fome,
segurança alimentar e nutricional e políticas públicas, entre outros temas. “Quando
se morre de fome no Brasil é
porque o Estado está completamente omisso em relação aos direitos de
determinados grupos sociais. Melhoramos muito, mas, no Brasil mais profundo,
onde os mais pobres são invisíveis para as políticas públicas, pode se morrer
de fome”, afirmou o ex-presidente. Segundo ele, “apesar das melhorias
alcançadas nos últimos anos, falta aprofundarem o enfrentamento dos problemas,
com uma perspectiva de transformações estruturais. Por exemplo, o que se fez,
até agora, em relação à reforma agrária é muito pouco”. Chico Menezes é
graduado em Economia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e tem
pós-graduação em Desenvolvimento Agrícola pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Clique aqui para ler a entrevista na íntegra
Fonte: Instituto Humanitas Unisinos
Nesta sexta-feira, o jornal O Globo publicou artigo da Associação Brasileira de Saúde Coletiva sobre a questão dos agrotóxicos no Brasil.
O texto é assinado pelo
Professor Fernando Carneiro, coordenador do GT Saúde e Ambiente.
O agronegócio brasileiro vem pressionando a Presidência da República e o
Congresso para diminuir o papel do setor de saúde na liberação dos agrotóxicos.
O Brasil é o maior consumidor desses venenos no planeta e a cada dia se torna
mais dependente deles. Qual o impacto que essas medidas terão na saúde da
população brasileira? No Brasil, a cada ano, cerca de 500 mil pessoas são
contaminadas, segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) e estimativas da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Os brasileiros estão consumindo alimentos
com resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido e ingerindo substâncias
tóxicas não autorizadas. Em outubro, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa)
revelou que 36% das amostras analisadas de frutas, verduras, legumes e cereais
estavam impróprias para o consumo humano ou traziam substâncias proibidas no
Brasil, tendência crescente nos últimos anos. Os agrotóxicos afetam a saúde dos
consumidores, moradores do entorno de áreas de produção agrícola ou de
agrotóxicos, comunidades atingidas por resíduos de pulverização aérea e
trabalhadores expostos. Mesmo frente a esse quadro, mais dramática é a ofensiva
do agronegócio e sua bancada ruralista para aprofundar a desregulamentação do
processo de registro no país. Qualquer agrotóxico, para ser registrado, precisa
ser analisado por equipes técnicas dos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio
Ambiente. Inspirados na CTNBIO, instância criada para avaliar os transgênicos,
que até hoje autorizou 100% dos pedidos de liberação a ela submetidos, os
ruralistas querem a criação da CTNAGRO, na qual o olhar da saúde e meio
ambiente deixaria de ser determinantes para a decisão. Quem ganha e quem perdem
com essa medida? Não há dúvida que entre os beneficiários diretos está o grande
agronegócio, que tem na sua essência a monocultura para exportação. Esse tipo
de produção não pode viver sem o veneno porque se baseia no domínio de uma só
espécie vegetal, como a soja. Por isso, a cada dia, surgem novas superpragas,
que, associadas aos transgênicos, têm exigido a liberação de agrotóxicos até
então não autorizados para o Brasil. O mais recente caso foi a autorização
emergencial do benzoato de amamectina usado para combater a lagarta
Helicoverpa, que está dizimando as lavouras de soja de norte a sul do país. A
lei que garantiu a liberação desse veneno tramitou e foi aprovada em um mês
pelo Congresso e pela Presidência da República. A pergunta que não quer calar
é: no momento em que a população brasileira espera um Estado que garanta o
direito constitucional à saúde e ao ambiente, por que estamos vendo o
contrário? Na maioria dos estados brasileiros os agrotóxicos não pagam
impostos. O Estado brasileiro tem sido forte para liberalizar o uso de
agrotóxicos, mas fraco para monitorar e controlar seus danos à saúde e ao
ambiente. Enquanto isso, todos nós estamos pagando para ser contaminados... (Fernando Carneiro é professor da UnB e
coordenador de saúde e meio ambiente da Associação Brasileira de Saúde
Coletiva)
Fonte: http://www.abrasco.org.br/
Rui Falcão baixa a bola de Cartaxo e diz que candidatura de Nadja não teve aval da direção nacional
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, que
cumpre agenda nesta sexta-feira em João Pessoa, jogou um balde de água fria no
grupo liderado pelo prefeito Luciano Cartaxo ao confirmar, em entrevista a
Rádio CBN, o que disse o deputado federal Luiz Couto que qualquer candidatura
do partido nos estados terá de passar pelo crivo da direção nacional. Rui
Falcão esclareceu que a pré-candidatura da coordenadora do Procon da Capital,
Nadja Palitot, ao governo do estado ainda não recebeu o aval da executiva
nacional do PT. “Não houve aval e nem desaval”, disparou. Segundo o presidente
nacional do PT, o lançamento da pré-candidatura de Nadja Palitot foi uma
iniciativa da legenda do estado que precisa ser discutida entre os aliados.
“Estamos no processo de debates com outros partidos e estamos dizendo o
seguinte: o PT também tem nomes, mas é para ter uma série de consultas também,
porque o objetivo maior é ter um palanque forte para a eleição da presidente
Dilma Rousseff”, finalizou
PT nacional não deu aval ao lançamento do nome de Nadja
Rui Falcão afirmou que a pré-candidatura foi
lançada por decisão do PT local
Por,
Jhonathan Oliveira, A
direção nacional do PT não deu aval ao lançamento da pré-candidatura de Nadja
Palitot (PT) ao Governo da Paraíba. A informação foi revelada pelo presidente
do partido, Rui Falcão, em entrevista à rádio CBN na manhã desta sexta-feira
(24). O dirigente chega em João Pessoa ainda hoje e cumprirá uma agenda de
reuniões com petistas e aliados de outras legendas. Falcão disse que “não houve
aval e nem 'desaval'” ao nome de Nadja . O presidente explicou que a escolha
foi uma decisão do PT local, mas a possível candidatura ainda precisa ser
discutida entre os aliados. Em dezembro do ano passado o prefeito Luciano
Cartaxo disse que a direção nacional estava em sintonia com o lançamento da
advogada como candidata. “Estamos no processo de debates com outros partidos e
estamos dizendo o seguinte: o PT também tem nomes, mas é para ter uma série de
consultas também, porque o objetivo maior é ter um palanque forte para a
eleição da presidente Dilma Rousseff”, disse Rui Falcão durante a entrevista. O
presidente acrescentou que o que vai prevalecer para as eleições de 2014 é a
decisão do encontro de tática eleitoral e destacou que qualquer chapa petista
precisará passar pela homologação da direção nacional. Rui Falcão adiantou que
na política de alianças petistas uma coisa é certa: não é possível a união com
o governador Ricardo Coutinho (PSB). “Não há possibilidade de fazer aliança com
quem apoia outro candidato à presidente”, disse se referindo a postulação de
Eduardo Campos. O presidente petista está fazendo uma série de visitas aos
estados para tomar conhecimento da realidade política local e discutir a concretização
de alianças.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
ASA e Fundação Banco do Brasil constroem 10 mil cisternas de primeira água no Semiárido
A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), através
do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), encerrou o ano de 2013 com mais uma
conquista: a implementação de 10 mil cisternas de água para beber e cozinhar no
Semiárido brasileiro, realizadas em parceria com a Fundação Banco do Brasil
(FBB). A expectativa é de que até junho de 2014 mais 10 mil cisternas de placas
que armazenam até 16 mil litros de água sejam concluídas. O investimento desta
ação será de R$ 51 milhões. A parceria é fruto de um projeto anterior,
onde ASA e FBB construíram 60 mil tecnologias de armazenamento de água da chuva
com a participação ativa das famílias agricultoras, permitindo que 60 mil
famílias possam armazenar água para conviver com os períodos de estiagem. Esse
projeto foi executado de maio de 2012 a junho de 2013. Na nova etapa de
parceria, as implementações seguem até o final do primeiro semestre de 2014,
envolvendo famílias de 78 municípios de nove estados da região Semiárida. Dentre
as famílias está a de Dona Teonila Batista Feitosa, 62 anos, agricultora do
município de Imaculada, Sertão paraibano. Moradora do sítio Cajueiro, Dona
Teonila, seu esposo Izaú Antônio dos Santos e mais cinco filhos conquistaram a
cisterna em dezembro do ano passado. Antes, o acesso à água era possível
através da ajuda de uma cunhada, que tem uma cisterna construída pelo exército,
e de um vizinho que possui uma cacimba. “A água durava de 3 a 4 dias. Eu
carregava num carrinho de mão. Mas no ano passado foi pior por que a seca foi
pesada e tive que vender a criação de gado”, conta Dona Teonila. Agora
a família de Dona Teonila aguarda a chegada do inverno em Imaculada. A previsão
é que as chuvas venham ainda neste mês de janeiro. A chuva que caiu em dezembro
serviu para limpar o telhado da casa da família e a cisterna. “Essa cisterna
foi vitória de Deus. Vai mudar tudo em minha vida. A água vai servir para
beber, cozinhar e a vida da gente vão melhorar”, se alegra a agricultora. As
famílias também participarão de capacitações que envolvem os cuidados com a
cisterna, o armazenamento correto da água da chuva, entre outros assuntos. Ao
todo, serão 20 mil famílias capacitadas em cursos de Gerenciamento de Recursos
Hídricos (GRH), 64 capacitações de cursos de pedreiros/as e 32 capacitações
para Comissões Municipais. Para o sucesso do projeto, além do envolvimento das
famílias, 31 organizações da ASA executarão as atividades. “A FBB chegou
num processo que foi importante para ASA e as famílias. O processo de continuidade
dá outra perspectiva para as famílias do Semiárido. Das 60 mil [cisternas]
gerou mais essas 20 mil [cisternas]. Foi um fortalecimento enorme para todos.
Para as famílias, elas terão um processo de continuidade. Essa parceria é muito
importante para o contexto atual da ASA e para o P1MC, com a fase de
universalização”, afirma o assessor de coordenação do P1MC, Leandro Santos. A
perspectiva da implementação das cisternas de placas prevê a universalização do
acesso à água em municípios do Semiárido. A parceria entre a ASA e FBB integra
o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água – Água para
Todos, do Plano Brasil Sem Miséria, do Governo Federal. P1MC – O Programa
Um Milhão de Cisternas é uma das ações do Programa de Formação e Mobilização
Social para a Convivência com o Semiárido da ASA. Até agora já foram
construídas 512.552 cisternas rurais (dados atualizados em 07 de janeiro de
2014) com o propósito de garantir acesso à água para beber e cozinhar as
famílias de toda a região semiárida. As cisternas de placa já alcançaram mais
de 2 milhões de pessoas. Ylka Oliveira – Asacom
Fonte:
www.asabrasil.org.br
O STF vai abrir o mais bem guardado segredo de Joaquim Barbosa
Entre hoje e
amanhã, o presidente interino do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski tornará
publico o Inquérito 2474, o chamado “gavetão”, o mais bem guardado segredo do
Ministro Joaquim Barbosa. O “gavetão” é a peça originária do Inquérito 2245,
que resultou no “mensalão”. Na ocasião, o relator Joaquim Barbosa cindiu o
inquérito 2245 e as partes não aproveitadas se transformaram no inquérito 2474,
aberto em março de 2007, que ele manteve sob segredo de Justiça. Apesar de garantir que não haveria mais “gavetas”
no STF, Joaquim Barbosa recusou-se a divulgar o conteúdo do inquérito. Em 2011
deferiu pedido formulado pela defesa de Daniel Dantas, abrindo apenas a ele o
inquérito (http://tinyurl.com/kgnobew). Mas negou a dois condenados do “mensalão”
alegando que não teria nenhuma relação com a AP 470. No entanto, soube-se que
laudos da Polícia Federal, que atestariam a participação de Daniel Dantas no
financiamento de Marcos Valério, foram encaminhados para o Inquérito 2474, e
não para o 2245. Assim como laudos que atestavam a aplicação dos recursos da
Visanet em campanhas promocionais.
Ao dar publicidade ao Inquérito, Lewandowski permitirá que não apenas Dantas,
mas todos os interessados possam conhecer seu conteúdo. AS DÚVIDAS SOBRE A 2474;
Há suspeita de que, ao excluir as contribuições de Dantas, atestadas por laudos
da Polícia Federal, a PGR teria encontrado dificuldades em justificar o
montante movimentado por Valério. Daí a razão de ter tratado como desvio os R$
73 milhões da Visanet, ignorando laudos técnicos que atestavam a aplicação dos
recursos em campanhas. O PGR Antônio Fernando de Souza se fixou em um parágrafo
do relatório de auditoria
inicial do Banco do Brasil: “A inexistência, no âmbito do Banco do Brasil, de
formalização de instrumento, ajuste ou equivalente para disciplinar as
destinações dadas aos recursos adiantados às agências de publicidade dificulta
a obtenção de
convicção de que tais recursos tenham sido utilizados exclusivamente na
execução de ações de incentivo
ao abrigo do Fundo”. O relatório não nega a aplicação dos recursos.
Apenas – dada a fragilidade dos relatórios – informava não ser possível
assegurar que “foram utilizados exclusivamente nas ações de incentivo ao abrigo
do fundo”. O PGR Souza ignorou o “exclusivamente” e entendeu que o relatório
atestava que a totalidade das verbas publicitárias da Visanet havia sido desviada.
Posteriormente, aposentou-se e passou a trabalhar em um escritório de advocacia
agraciado com um contrato gigante com o Brasil Telecom.
A divulgação dos 2474 poderá ser de boa valia para Barbosa esvaziar boatos de
que seu filho teria sido contratado por uma das empresas beneficiadas com
recursos da Visanet, e cujo caso foi transferido para o “gavetão”. Ou de que o Banco Rural teria feito com
a TV Globo operações semelhante às que fechou com o PT. Luis Nassif.
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