Apesar de terem lançado
uma agenda positiva com um ritmo frenético de votações de projetos antes do
recesso parlamentar, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal foram as
instituições mais mal avaliadas na tentativa de reagir aos protestos das ruas.
A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira
apontou que pelo menos 37% dos entrevistados desaprovaram totalmente a resposta
dada pelo Parlamento às demandas das ruas. Em relação à Câmara,
a desaprovação total foi de 39% dos entrevistados. No caso do Senado, este
índice alcançou 37%. Mesmo apresentando um novo pacto, que foi bombardeado por
aliados do Congresso,
a presidente Dilma Rousseff teve o menor porcentual de desaprovação total, com
31%. Ao mesmo tempo, a aprovação total às decisões tomadas pela
presidente foi a maior entre os gestores de instituições públicas citadas, com
14% do total. Câmara e Senado, cada um, registraram aprovação total de apenas
7%, novamente a pior. (Lembrança)
A sondagem apontou que, para 4% dos entrevistados, a notícia mais lembrada do
período foi a das ações tomadas pelo Congresso. Para outros 8%, a da discussão
em torno da reforma política. O governo Dilma tentou sem sucesso provocar o
Congresso a fazer um plebiscito para discutir esta reforma, de maneira que ela
valesse para as eleições do próximo ano. Aliás, a discussão em torno do
plebiscito foi a notícia mais lembrada por 5% dos entrevistados. As
manifestações contra a proposta de emenda à Constituição que diminuía os
poderes de investigação do Ministério Público (PEC 37) e o posterior
arquivamento da matéria pelo Congresso foram as notícias mais lembradas por,
respectivamente, 4% e 3% dos entrevistados. As notícias relativas aos
protestos contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marcos
Feliciano (PRB-SP), e o projeto de Cura Gay foram lembrados por outros 3% dos
entrevistados.
Fonte: Agência Estado
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