terça-feira, 18 de junho de 2013

No Rio, 3 foram baleados durante protesto; 10 seguem internados

No dia seguinte ao ataque com atos de vandalismo contra a Alerj (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro) durante manifestação no centro da capital, ao menos dez pessoas seguem internadas, na manhã desta terça-feira, no Hospital Municipal Souza Aguiar, na mesma região. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, três foram baleadas. Até as 9h, não havia informações sobre o estado de saúde dos feridos. No total, a unidade recebeu 13 pessoas machucadas. Três receberam alta durante a madrugada. Na noite de ontem (17), uma multidão de 100 mil manifestantes vestidos de branco tomou conta da Candelária, no centro do Rio, para pedir respeito, qualidade de vida, redução da passagem de ônibus e outras reivindicações. Em seguida, eles seguiram pela Avenida Rio Branco. Um grupo radical formado por ao menos 50 pessoas se deslocou para a Rua Primeiro de Março, também no centro, e iniciaram uma série de depredações na região. Policiais Militares do batalhão local, que tentavam fazer a segurança da Alerj, foram apedrejados e acabaram acuados dentro do Palácio Tiradentes (sede da assembléia). Houve confronto após manifestantes arremessarem coquetéis molotovs, placas e lixeiras contra os PMs.( Protesto contra o aumento das tarifas do transporte público leva milhares às ruas do Rio) Um policial foi cercado por homens armados com pedras e paus e acabou sendo espancado ao lado do palácio. Colegas de trabalho retornaram ao local para socorrer o PM. Ele estava inconsciente e precisou ser arrastado. As janelas da Alerj foram depredadas. Os manifestantes picharam de vermelho o piso na entrada do palácio. Um homem escalou a parede do prédio histórico e furtaram móveis e cadeiras do espaço. Os bens depredados foram incendiados numa enorme fogueira acesa na rua. As paredes do Paço Imperial, tido como o palácio mais antigo do Rio, de 1743, foram pichadas. Lixos foram espalhados pela entrada do espaço. Segundo manifestantes, a Polícia Militar não reagiu com tiros de balas de borracha, mas com tiros de armas de fogo. Disparos foram efetuados para o alto na tentativa de conter os manifestantes e dar apoio aos outros policias. Um banco foi invadido pelo grupo. Portas de vidro, caixas eletrônicos e outros objetos foram quebrados. Seguranças receberam apoio de policiais militares, mas também acabaram acuados no interior da agência. Em nota, o banco Itaú disse ser favorável de demonstrações "pacíficas e democráticas, por isso lamenta a invasão e depredação da agência da Rua da Assembléia". A agência deve ser reaberta amanhã (19). Outros comércios foram depredados na Rua São José. Ao menos duas lojas e dois carros foram incendiados. Na manhã desta terça-feira, a Polícia Civil ainda contabilizava o número de presos e detidos. Muitos manifestantes foram contra os atos de vandalismo. Ainda se sabem a qual grupo pertencia os manifestantes que participaram dos atos violentos.

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