Mais
de R$ 65 milhões foram desviados nos últimos seis meses pelos envolvidos no
esquema criminoso destinado a fraudar licitações e desviar recursos públicos
federais, estaduais e municipais em contratação de bandas musicais e realização
de eventos em municípios paraibanos. É o que afirma o procurador-geral de
Justiça da Paraíba, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho. De acordo com
Ministério Público, mais de 40 mil gravações com autorização judicial foram
feitas. As investigações apontaram também o superfaturamento dos objetos
contratados, a inexecução dos serviços contratados e documentos forjados
atestando a falsa exclusividade de artistas e bandas para justificar
irregularmente o procedimento de inexigibilidade de licitação. O esquema
era comandado por empresários dentro das próprias prefeituras. As
fraudes eram feitas em licitações, dispensas e inexigibilidades de licitação,
contratos com bandas musicais, montagem de palcos, som, iluminação,
comercialização de fogos de artifício, shows pirotécnicos, alugueres de
banheiros químicos e serviços de segurança. Operação “Pão e circo” - O
Ministério Público da Paraíba (MPPB), a Polícia Federal (PF) e a Controladoria
Geral da União (CGU) deflagram, na manhã desta quinta-feira (28), a operação
“Pão e circo”. Vinte e oito mandados de prisão temporária; 65 mandados de busca
e apreensão; sete mandados de condução coercitiva e ordens de seqüestro de bens
móveis e imóveis expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba e pelo Tribunal
Regional Federal da 5a Região estão sendo cumpridos em várias cidades
paraibanas e no Estado de Alagoas. A operação tem como objetivo
desarticular um esquema criminoso destinado a fraudar licitações e desviar
recursos públicos federais, estaduais e municipais. Durante um ano, as
investigações feitas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado
(Gaeco) do MPPB constataram a participação direta de prefeitos, seus familiares
e servidores públicos, além de empresas “fantasmas” que foram constituídas com
a finalidade de desviar dinheiro público e fraudar procedimentos de contratação
de serviços para a realização de eventos festivos (Ano Novo, São João e São
Pedro, Carnaval e Carnaval fora de época, aniversários das cidades). Coletiva - Cerca de 300 policiais federais, 30 policiais
militares e 20 auditores da CGU participam da operação, além de 12 promotores
de Justiça. Às 10h, será realizada uma coletiva de imprensa com representantes
do MPPB, PF e CGU, no auditório da sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em
João Pessoa.
Mais PB
com Assessoria do MPPB
Mais PB
com Assessoria do MPPB
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