Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff
informou nesta quinta-feira (28) que o governo federal pretende criar
uma agência para cuidar da área de assistência técnica e extensão rural. Segundo
ela, o objetivo é suprir a fragilidade do país na área e disseminar boas
práticas agrícolas. Ao discursar no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário
2012/2013, Dilma disse também que o governo trabalha em um Plano Nacional de
Armazenagem. “Temos uma certa fragilidade na área de assistência técnica e
extensão rural. O governo está construindo uma política para essas áreas e
estamos pensando na criação de uma agência capaz de providenciar e disseminar
as melhores práticas a partir de protocolos e pacotes tecnológicos, criando e
especializando um grupo de agentes públicos que terá ligação com os órgãos de
extensão estaduais e cooperativas. Esse talvez seja um dos maiores desafios do
meu governo”, disse ela na cerimônia. Ao falar sobre a criação da agência, após
a solenidade, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, lembrou que o
país dispõe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para fazer
estudos na área. Segundo ele, o ramo da assistência técnica também precisa de
um órgão específico. A idéia é que as duas agências trabalhem de forma
articulada. O plano anunciado hoje prevê R$ 115,2 bilhões para financiar a agricultura comercial. A presidenta
informou que, caso esse crédito seja todo gasto antes do término da vigência do
plano, mais recursos serão liberados. “Não haverá restrição de recursos caso os
R$ 115 bilhões não cheguem até o final da safra.” O valor previsto no plano
supera o montante destinado ao setor no ciclo 2011/2012, R$ 107,2 bilhões.
A taxa de juros de referência das operações foi reduzida de 6,75% para 5,5% ao
ano. Dilma ainda destacou a importância da agricultura para o enfrentamento da
crise econômica internacional e considerou que não há contradição entre a
preservação ambiental e a agricultura comercial. Ela citou dados sobre o
crescimento da produção com pouco avanço da área ocupada. “Conseguimos crescer
nossa agricultura em 180% e, ao mesmo tempo, ter um crescimento de cerca de 30%
da área ocupada. Isso é crucial porque mostra que somos capazes de crescer com
uma área relativamente reduzida, mostra que o crescimento não é incompatível
com preservação ambiental”, disse acrescentando que o Brasil tem 60% dos biomas
florestais intocados, mesmo sendo a maior potência agrícola.
Edição:
Juliana Andrade
Fonte: www.luizcouto.com